Guerreira
do período colonial do Brasil, Dandara foi esposa de Zumbi, líder daquele que
foi o maior quilombo das Américas: o Quilombo dos Palmares. Com ele, Dandara
teve três filhos: Motumbo, Harmódio e Aristogíton. Valente, ela foi uma das
lideranças femininas negras que lutou contra o sistema escravocrata do século
XVII e auxiliou Zumbi quanto às estratégias e planos de ataque e defesa da
quilombo.
Não
há registros do local onde nasceu, tampouco da sua ascendência africana.
Relatos e lendas levam a crer que nasceu no Brasil e se estabeleceu no Quilombo
dos Palmares enquanto criança. Ela foi uma das provas reais de que a mulher não
é um sexo frágil. Além dos serviços domésticos, plantava, trabalhava na
produção da farinha de mandioca, caçava e lutava capoeira, além de empunhar
armas e liderar as falanges femininas do exército negro palmarino.
Sempre
perseguindo o ideal de liberdade, Dandara não tinha limites quando o que estava
em jogo era a segurança do quilombo e a eliminação do inimigo. Ela defendia que
a paz em troca de terras no Vale do Cacau, que era a proposta do governo
português, seria um passo para a destruição da República de Palmares e a volta
à escravidão. Suicidou-se depois de presa, em seis de fevereiro de 1694, para
não voltar na condição de escravizada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário